sábado, 28 de janeiro de 2012

Polícia investiga possível estupro em morte de menina de quatro anos


Texto: Augusto Aguiar e Priscilla Aguiar


A Delegacia Legal do Fonseca (78ª DP) está investigando os indícios de um bárbaro crime, que pode ter ocorrido na comunidade do Cantagalo, em Pendotiba, onde a vítima seria a menina Ana Beatriz de Souza, de apenas 4 anos. Ela faleceu ao dar entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Fonseca, e até a manhã de sexta-feira a polícia checava a suspeita e fortes indícios que a causa da morte da criança teria sido “estupro”. O pai da menina foi convocado pela polícia para prestar esclarecimentos sobre o fato, que chocou parentes e moradores da localidade.
De acordo como que a polícia apurou, na madrugada de sexta-feira a menina teria sido levada às pressas pelos pais – um servente de obra de 21 anos, e sua mulher, de 22 – inicialmente para a Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro, em Piratininga, e também na Policlínica Comunitária do Largo da Batalha. Devido a ausência de médico pediatra de plantão nos dois locais, os pais de Ana Beatriz a levaram então até a UPS do Fonseca, onde a criança deu entrada por volta de 1 hora da manhã. Ainda segundo informes, Ana Beatriz não reagiu aos procedimentos de reanimação realizados na unidade, e faleceu em seguida.
Segundo o que foi apurado, os pais de Ana Beatriz teriam afirmado que a criança estaria com febre alta e por isso desmaiou, além de estar com dificuldade de satisfazer as necessidades fisiológicas. Os pais também teriam dito que deram determinado tipo de medicamento para Ana Beatriz antes da mesma ser levada ao hospital. A polícia então acabou sendo acionada e percebeu que algo estaria errado, depois que a UPA informou que Ana Beatriz apresentava a presença de sangue e dilatação no ânus. Consternados com a morte da menina e confusos com relação ao que realmente teria ocorrido, o avô materno da menina, um pedreiro de 57 anos, não escondeu sua emoção.
“Ana Beatriz era minha neta mais nova e também a preferida. Era uma criança muito alegre”, afirmou emocionado, mostrando um vestido de princesa cor de rosa que a menina adorava, e que ele desejava que ela fosse sepultada com o mesmo. Os avós paternos – comerciantes de 45 e 44 anos - por sua vez afirmaram que assim que souberam do fato através do filho correram para o hospital, mas não havia mais nada a fazer. Fontes policiais afirmaram que a 78ª DP está apurando com muito cuidado os fatos afim de esclarecer a morte da criança, e punir os responsáveis caso seja constatado o crime de estupro.

A busca pela cura

Minha foto que ficou entre as três melhores no Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom) na categoria Fotojornalística

Trata-se de uma extração de veneno de uma serpente, feita pelo Dr. Aníbal, no Instituto Vital Brazil (IVB).  O IVB é um tradicional produtor de soros hiperimunes. São produzidos antídotos contra tétano, raiva e antipeçonhentos, usados no tratamento de acidentes com cobras, aranhas e escorpiões. Os soros produzidos nos laboratórios oficiais não podem ser encontrados em farmácias nem no próprio IVB e não são vendidos a particulares. São aplicados nos Pólos de Atendimento, rede de hospitais estrategicamente localizados, para atendimento gratuito aos acidentados.

O Instituto Vital Brazil está apto a atender à demanda do Ministério da Saúde, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e das Secretarias de Saúde Municipais. São 42 tipos de medicamentos produzidos pelo IVB e em parceria com instituições públicas e privadas, modelo inédito no mercado farmacêutico nacional.

Para ampliar suas linhas de atuação e como parte do plano de reestruturação - que também passa pela modernização do parque industrial e instalação de novos laboratórios - o Vital Brazil firmou parceria com os laboratórios públicos Farmanguinhos/Fiocruz e Funed e com o laboratório privado Mappel para a produção de medicamentos sólidos.
Com registros próprios, de Farmanguinhos e da Funed, o IVB produz e comercializa junto ao setor público uma série de medicamentos, tanto em seu chão de fábrica quanto no da Mappel.
O modelo de parceria adotado pelo IVB privilegia a indústria nacional de matéria-prima (diminuindo a dependência externa), agiliza processos burocráticos (típico do setor público) e maximiza o uso dos parques industriais fluminenses, além de possibilitar novos registros de medicamentos para o instituto.

O instituto tem a preocupação e o dever de contribuir para a educação ambiental. Por isso, realiza inúmeros eventos com essa finalidade. Além do site (www.ivb.rj.gov.br), onde o internauta tem acesso a informações sobre o cientista, o instituto e os animais, o IVB tem uma exposição permanente de cobras, aranhas e escorpiões e outra itinerante, que é visitada por milhares de pessoas em eventos nos quais participa.

Construída em parceria com a Casa de Vital Brazil, a nova exposição itinerante: "Vital Brazil - Um sonho feliz de ciência" é separada em três diferentes módulos, trata do processo de consolidação das instituições científicas brasileiras, da trajetória de Vital Brazil e da contribuição da arte às ciências, além da exposição de animais peçonhentos (cobras, aranhas e escorpiões) vivos.

Através de seu Centro de Estudo o IVB oferece uma série de cursos e palestras. Biólogos e pesquisadores do Serpentário e do Aracnário dão consultoria e treinamentos a órgãos públicos, escolas, militares e empresas diversas. O Vital Brazil também recebe animais capturados, seja por pessoas comuns ou pelos bombeiros e dá consultorias a prefeituras etc. 




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

É enterrada a primeira vítima da tragédia no Centro do Rio

 

Texto: Priscilla Aguiar

Sob uma chuva fina, cerca de 200 pessoas, entre amigos, familiares e amigos de trabalho, prestaram a última homenagem a Celso Renato Braga Cabral, niteroiense de 46 anos, uma das vítimas do desabamento de três prédios, na Avenida Treze de Maio, no Centro da capital fluminense. O enterro aconteceu na sexta-feira (27) pela manhã, no Cemitério do Maruí, no Barreto.
O pai de Celso, também Celso Renato, contou que era de costume o filho ficar até mais tarde no trabalho. Ele disse ainda que não sente revolta com os responsáveis pela tragédia, mas espera que possam encontrar as causas e que isso não volte a acontecer com outras pessoas.
“Ele era uma pessoa muito correta, trabalhadora. Tinha o costume de ficar até depois da hora do trabalho, porque gostava de colocar tudo em dia. Ele não merecia isso, não queria perder um filho dessa forma. Mas não sinto revolta, só tristeza”, disse Celso Renato.
O padrinho de nascimento de Celso, José Affonso Barbosa, engenheiro civil, de 81 anos, falou de como Celso era querido por todos e como vai fazer falta.
“A história dele daria um livro, é de sensibilizar qualquer um. Sempre muito batalhador, ele era um exemplo para os filhos e esposa. Ele tinha muitos amigos e era muito amado por todos. Sinto agora uma lacuna muito grande”, disse o padrinho. José Affonso contou ainda que, durante a adolescência, Celso era atacante do time de base do América.
A amiga de infância de Celso, Juçara Alves não se conforma com a morte do amigo. Segundo ela, ele não merecia morrer dessa forma. “Foi muito de repente, está sendo muito duro de aceitar. Não está dando para acreditar que aconteceu isso com o Celso, ele era um amigo muito querido e não merecia isso”, disse Juçara.
Celso Renato era natural de Niterói e morava no bairro do Engenho Pequeno, em São Gonçalo, com a esposa Eunice dos Santos Damásio Cabral e um casal de filhos. Ele trabalhava no departamento pessoal da empresa de Tecnologia Organizacional (TO), que funcionava no Edifício Liberdade, nº 44, da Avenida Treze de Março. Na noite do desabamento, de acordo com os familiares, Celso fazia horas extras.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte do administrador foi traumatismo do tronco e dos membros inferiores, com esmagamento e amputação traumática da perna esquerda e lesões poliviscerais.

15 corpos
Até o final da noite de sexta-feira (27), a Secretaria de Estado de Defesa Civil, havia contabilizado 15 vítimas fatais do desabamento de três prédios, na Avenida Treze de Maio, no Centro da capital fluminense, no dia 25. Das 15 vítimas, seis são mulheres, quatro homens e cinco ainda não tiveram o sexo confirmado. Um dos corpos estava carbonizado. Ainda há desaparecidos, porém o número ainda permanece incerto.
Segundo a Polícia Civil, seis vítimas haviam sido identificadas até às 17 horas de sexta-feira (27). São elas: Elenice Maria Consani Quedas, de 64 anos, Alessandra Alves Lima, de 29 anos, Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos, Margarida Vieira de Carvalho, de 65, Nílson de Assunção Ferreira, de 50 anos, e Cornélio Ribeiro Lopes, de 73.
Um dos cadáveres, segundo o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, foi encontrado no local onde o entulho retirado pelos bombeiros está sendo depositado pela Comlurb. O corpo foi retirado do local, em meio aos destroços, por uma retroescavadeira, não sendo percebido pelos bombeiros. Simões afirmou que o cadáver estava muito dilacerado, mas por uma das mãos foi possível saber que pertencia a uma mulher.
O coronel Sérgio Simões, informou que as buscas vão continuar por mais 48 horas e que após esse período, o trabalho de retirada dos escombros será de competência da prefeitura da capital fluminense. “Esse é um prazo que eu estou me impondo para encerrar as buscas”, concluiu o coronel.