Texto: Priscilla Aguiar
Agreve dos operários do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), iniciada na última
terça-feira com adesão de cerca de 8,5 mil dos 14 mil trabalhadores,
passou a ter, a partir de ontem, adesão total, segundo o presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, Reginaldo da Costa e
Silva.
“Sabemos a grandiosidade do comperj e estamos em prol dele. Sabemos que
já está empregando e vai empregar ainda mais trabalhadores, vai
fortalecer Itaboraí, que é um município muito carente, e nosso estado de
modo geral. No entanto, estamos lutando por um mínimo de respeito. Os
trabalhadores que exercem as mesmas funções estão sendo remureados de
maneira diferente, e não aceitamos isso”, declarou.
O maçariqueiro Eduardo Rodrigues, de 42 anos, é um dos trabalhadores que
ganham um salário menor que outros profissionais que exercem a mesma
função.
“Isso não faz sentido, é injusto. Estou ganhando R$ 400 a menos que
outros profissionais que fazem exatamente o mesmo trabalho que eu”,
reclamou.
Entre os profissionais que mais estão sendo prejudicados, o líder
sindical Reginaldo destacou os maçariqueiros, eletricistas e mecânicos.
Confusão em piquete
Durante um piquete na madrugada de ontem, trabalhadores tentaram impedir
que ônibus das empresas unidas no consórcio TEAG, QGGI , SPE e Alusa
entrassem no local das obras, arremessando pedras nos coletivos. A
Polícia Militar conseguiu conter o movimento grevista.
“Alguns operários moram em alojamentos e são obrigados pelas empresas a
trabalharem. Muitas continuam mandando seus ônibus com funcionários,
elas ainda não entenderam que as obras pararam”, salientou o presidente
do sindicato.
Assembleia
Será realizada hoje, às 7h, uma assembleia entre o Sindicato dos
Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí e o Sindicato dos Trabalhadores da
Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e
Região (Sinticom) para avaliação do movimento grevista.
Entre as reividicações dos trabalhadores estão melhores salários,
exclusão da cobrança de 25% da coparticipação do plano de saúde e
garantia de passagem de ida e volta para funcionários que moram fora da
cidade.
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