quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Greve com 100% de adesão

Texto: Priscilla Aguiar

Agreve dos operários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), iniciada na última terça-feira com adesão de cerca de 8,5 mil dos 14 mil trabalhadores, passou a ter, a partir de ontem, adesão total, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, Reginaldo da Costa e Silva.
“Sabemos a grandiosidade do comperj e estamos em prol dele. Sabemos que já está empregando e vai empregar ainda mais trabalhadores, vai fortalecer Itaboraí, que é um município muito carente, e nosso estado de modo geral. No entanto, estamos lutando por um mínimo de respeito. Os trabalhadores que exercem as mesmas funções estão sendo remureados de maneira diferente, e não aceitamos isso”, declarou.
O maçariqueiro Eduardo Rodrigues, de 42 anos, é um dos trabalhadores que ganham um salário menor que outros profissionais que exercem a mesma função.
“Isso não faz sentido, é injusto. Estou ganhando R$ 400 a menos que outros profissionais que fazem exatamente o mesmo trabalho que eu”, reclamou.
Entre os profissionais que mais estão sendo prejudicados, o líder sindical Reginaldo destacou os maçariqueiros, eletricistas e mecânicos.

Confusão em piquete
Durante um piquete na madrugada de ontem, trabalhadores tentaram impedir que ônibus das empresas unidas no consórcio TEAG, QGGI , SPE e Alusa entrassem no local das obras, arremessando pedras nos coletivos. A Polícia Militar conseguiu conter o movimento grevista.
“Alguns operários moram em alojamentos e são obrigados pelas empresas a trabalharem. Muitas continuam mandando seus ônibus com funcionários, elas ainda não entenderam que as obras pararam”, salientou o presidente do sindicato.

Assembleia
Será realizada hoje, às 7h, uma assembleia entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom) para avaliação do movimento grevista.
Entre as reividicações dos trabalhadores estão melhores salários, exclusão da cobrança de 25% da coparticipação do plano de saúde e garantia de passagem de ida e volta para funcionários que moram fora da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário