segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A ETERNA LUTA PELO PATROCÍNIO

Texto: Priscilla Aguiar
Foto: Luiz Barros
 
Um dos principais empecilhos para o crescimento de alguns esportes, como o bodyboard, no Brasil, é a falta de patrocinadores para eventos e atletas. Mesmo com bons resultados, e muita dedicação aos treinos, é comum ver competidores esbarrarem na falta de apoio e estrutura para competir. A bodyboarder niteroiense Paola Simão, de 30 anos, é um exemplo disso. A atleta recentemente conquistou o 5º lugar do circuito estadual e já participou de importantes competições na Austrália, Indonésia, EUA, Canadá e Havaí, no entanto também encontra dificuldades quando o assunto é patrocínio.
Apaixonada pelo surf desde os 17 anos, Paola começou a competir em 2000. Em 2005 se profissionalizou no bodyboard e competiu uma importante etapa do circuito mundial. De lá para cá foram muitas competições e apesar dos bons resultados, Paola está à procura de patrocínio para que possa participar de novos campeonatos.
“No Brasil é muito difícil ser atleta, pois o esporte não é visto como profissão, fazendo com que você não possa se dedicar 100%. Essa falta de credibilidade e investimento, que faz com que muitos talentos sejam desperdiçados. A cidade de Niterói é um celeiro de atletas, músicos e artistas. Muitos de nós somos obrigados a parar a carreira e caminhar para outro segmento, outra profissão, fazendo com que nossos talentos naturais fiquem em segundo plano”, lamentou.
De acordo com Paola, para se dedicar à carreira de atleta é necessário um suporte. Ela destaca a importância de uma empresa conseguir ver em um atleta não só como um resultado ou um produto, mas sim um formador de opinião que possa ser um exemplo a ser seguido.
“Esporte é vida, é saúde, qualidade de vida e alegria. Quantos caminhos podemos mudar se a maioria de nós seguir esse estilo de vida?”, indagou.
Paola falou sobre planos para o futuro e fez questão de frisar que Niterói tem a melhor praia para a prática do bodyboard: Itacoatiara.
“Meu foco para 2012 é continuar competindo importantes etapas no circuito mundial e continuar viajando pelo mundo atrás de ondas perfeitas, levantando a bandeira do meu país e da minha cidade, trazendo um ótimo material, resultados e, o principal, experiência de vida para que possamos deixar frutos para as próximas gerações”, concluiu.

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