Texto: Priscilla Aguiar
A
paralisação no fornecimento de água, que aconteceu no último dia 8 e
duraria apenas 48 horas, para a realização de uma obra da Cedae, no
Sistema Imunana-Laranjal, objetivando aumentar a vazão de água para a
Região Leste fluminense, está durando mais do que o previsto, e
causando muita dor de cabeça e prejuízo para os moradores das zonas
Norte e Sul de Niterói.
O presidente da associação de moradores da região do Largo da Batalha,
Maurício dos Santos, contou que recebe dezenas de reclamações por dia.
Segundo ele, a população do bairro não aguenta mais ficar sem água e
cobra dele uma solução.
“As pessoas chegam aqui me contando as dificuldades que estão passando
sem água, me cobrando, como se eu tivesse culpa, mas eu também estou na
mesma situação, também estou sem água e estou fazendo o que posso para
tentar resolver, mas até agora nada. E realmente a situação está
insustentável”, argumentou Maurício dos Santos.
A aposentada Ana Maria Couto, de 62 anos, é uma das moradoras que sofrem
com o corte no fornecimento de água. Ela, que é doente, precisa da
ajuda dos vizinhos para carregar baldes d’água.
No bairro de Charitas, Zona Sul da cidade, a situação é semelhante. O
condomínio Chácara San Francisco ficou, aproximadamente, uma semana com o
abastecimento suspenso. Diversos caminhões-pipa foram pagos com o
dinheiro dos próprios moradores.
“A concessionária Águas de Niterói abastece três vezes na semana o
imóvel, segunda-feira, quarta-feira e sábado. Como o abastecimento de
água foi cortado na quarta-feira, último dia 8, nós recebemos apenas na
segunda-feira, dia 6. Quando pensamos que tudo ia se normalizar no
sábado, caiu pouca quantidade e não deu vazão. Por ser uma necessidade
básica, nós que, “finalmente”, o abastecimento foi normalizado no final
da tarde de ontem, perfazendo quase uma semana sem água.
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