Aproximadamente doze segundos. Esse foi o tempo necessário para o prédio onde funcionava o Hospital Santa Mônica, na Avenida Marquês do Paraná, vir abaixo, às 8h05 da manhã de sexta-feira, cinco minutos depois do prazo inicialmente previsto. As explosões duraram 8 segundos, até começarem as quedas dos três blocos em sequência, que duraram mais 4,3 segundos.
Segundo a empresa Fábio Bruno Construções, responsável pela implosão, a operação foi um sucesso e tudo ocorreu dentro do esperado. No local, será construído o Centro de Diagnóstico por Imagem, projeto do Governo do Estado.
Para a implosão foram utilizados 150 quilos de dinamite. Os blocos caíram um pouco para a Rua Aridio Martins, em função da torre de alta tensão localizada do lado oposto. O engenheiro responsável pelo processo de implosão, Giordano Bruno, explicou que essa engenharia foi pensada para que não houvesse interrupção de energia na região.
Porém, por questão de segurança, durante a implosão a Ampla optou pelo corte de energia, religada ao final da primeira limpeza. As seis camadas de rede de proteção impediram que entulhos fossem arremessados, segundo Giordano. “A implosão foi um sucesso, não danificou nada, tudo foi como o esperado”, comemorou o engenheiro.
“A implosão foi muito bem-sucedida, sem prejuízo para a torre de alta tensão, que alimenta a cidade, e fica no mesmo terreno. Neste mesmo mês, em 2013, estaremos inaugurando o novo Centro de Diagnóstico”, acrescentou Ícaro Moreno, presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop).
Ao todo, cerca de 180 pessoas foram mobilizadas para a implosão. Vinte especialistas da empresa responsável pela demolição, três pessoas do Esquadrão Antibomba, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), oito policiais militares, 26 funcionários da Guarda Municipal, 20 agentes da Defesa Civil Municipal, um representante da Defesa Civil Estadual, 30 funcionários da Companhia de Limpeza de Niterói (Clin), nove agentes da NitTrans, 15 da Ampla, 10 da Águas de Niterói, 20 funcionários de uma empresa de telefonia e três de uma empresa de televisão por assinatura.
PM e Defesa Civil a postos- A operação contou ainda com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar e outro da Defesa Civil. Além de cerca de 300 populares que acompanharam o processo de demolição a um raio de 150 metros de distância do local.
Foram seis meses de planejamento até que o prédio fosse implodido, de acordo com o presidente da Emop. “Graças a Deus e ao trabalho de todos os envolvidos deu tudo certo. Gostaria de agradecer aos engenheiros, porque foi feito um trabalho realmente de engenharia, a prefeitura e os secretários municipais que nos ajudaram muito e a população que colaborou também com o nosso trabalho. Agora vamos partir para a outra fase que é a construção do novo prédio”, disse Ícaro Moreno.
A implosão gerou 12 mil metros cúbicos de entulho, que serão quebrados manualmente durante cerca de 15 dias. Após esse período o entulho será triturado e reciclado para aproveitamento na construção do novo prédio, o Centro de Diagnóstico por Imagem de Niterói, que já está sendo chamado de Rio Imagem 2. Serão necessários mil caminhões para retirada dos entulhos, prevista para durar 120 dias. Ao fim desse período serão iniciadas as obras do novo prédio.
Poeira – Uma imensa fumaça de poeira se formou no céu da cidade, após a demolição do prédio. Os carros estacionados próximo a localidade ficaram cobertos de poeira e o asfalto da Avenida Marques de Paraná desapareceu. Cerca 30 de funcionários da Clin utilizaram vassouras e magueiras d’água para limpar toda poeira.
O que vem depois- O Centro de Diagnóstico por Imagem da Secretaria de Estado de Saúde, atenderá gratuitamente a população de Niterói e Região. A previsão é de que cinco mil pessoas sejam atendidas por dia. O projeto prevê a construção de um prédio de cinco pavimentos, com área total construída de 4.866,66 metros quadrados. O centro de Imagenologia contará com três salas de raios-x; duas salas de ressonância magnética; duas salas de tomografia; cinco salas de ultrassonografia; quatro salas de ecocardiografia e duas salas de mamografia.
Com a nova unidade hospitalar oferecerá exames realizados por equipamentos de última geração tais como tomografia computadorizada de artérias coronárias – que diagnostica a obstrução de artérias – e a ressonância de mama, indicada para detectar tumores em mamas de pacientes jovens ou submetidas à radioterapia ou com prótese de silicone.
O projeto para construção do Centro de Diagnóstico por Imagem de Niterói tem licitação marcada para o próximo dia 19 de dezembro, com orçamento de R$ 20 milhões 531 mil. O prazo de construção é de 10 meses após a publicação do memorando de início das obras.
Números da implosão:
- 12 segundos: tempo aproximado da queda
- 150 quilos: total de explosivos usados
- 180 pessoas mobilizadas para a implosão
- 300 populares que acompanharam a implosão
- 6 meses tempo que prédio esperou por implosão
- 12 mil metros cúbicos que restaram de destroços do prédio
- 15 dias tempo para quebrar destroços manualmente
- 1 mil caminhões necessários para remover destroços
- 120 dias tempo necessário para limpeza do terreno
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