Interdição nas Flechas provoca confusão no trânsito

Texto: Priscilla Aguiar
Foto: Bruno Eduardo

Nem em dia de ponto facultativo o trânsito de Niterói fica tranquilo. Por conta da inauguração da segunda fase das obras de reconstrução do calçadão da Praia das Flechas, no Ingá, destruído pela ressaca, o trecho da orla entre as ruas Nilo Peçanha e Pereira Nunes foi interditado no sentido Boa Viagem/Icaraí, o que provocou congestionamentos que irritaram os motoristas. Até o fim das obras, previsto para fevereiro do ano que vem, os veículos procedentes da Boa Viagem deverão seguir pela Rua Nilo Peçanha.
Para quem segue no sentido Icaraí/Boa Viagem o trânsito está liberado, contudo, essa liberação está causando uma certa confusão. Uma agente de trânsito, que estava no local para auxiliar os motoristas, teve muito trabalho.
“Estamos em Niterói, já estou acostumado com isso. É uma cidade sem planejamento urbano. Aqui, uma obra nunca é feita sem que traga prejuízos para o trânsito, que já é muito ruim normalmente”, lamentou o comerciante João de Oliveira, 48 anos. O corretor de imóveis Júlio Almeida, 52, teme que a situação fique ainda pior.
“Hoje (sexta-feira, 28), que é ponto facultativo, já está assim. Na segunda-feira, a situação tende a ficar muito pior”, previu.

Pedestres se arriscam
Mesmo após a interdição do trecho da orla entre as ruas Nilo Peçanha e Pereira Nunes, os pedestres insistem em se arriscar andando pela via próximo aos veículos que seguem no sentido Icaraí/Boa Viagem, desobedecendo a placa indicativa.
Questionada se não era arriscado passar por ali, a estudante Soraya Salles minimizou.
“Não, eu ando com cuidado, não tem perigo”, garantiu.
Já a secretária Déborah Andrade admite o risco, mas mesmo assim passa por ali.
“É arriscado sim, mas a gente fica com preguiça de atravessar e ter que voltar depois”, admitiu.

Examinadores voltaram ao trabalho após a paralisação

Texto: Priscilla Aguiar

Durou só um dia. A paralisação dos examinadores do Detran, que ocorreu durante a última quinta-feira (27), impediu que 1.503 candidatos a motorista fizessem prova prática de direção para a qual estavam agendados. Contudo, contrariando a previsão de estender o movimento até domingo (30), os profissionais compareceram em todos os polos nesta sexta-feira (28), e os exames transcorreram normalmente. Foi o que aconteceu no Centro, próximo à Praça Renascença, onde os alunos puderam fazer suas provas.
O Detran informou que designou examinadores para o atendimento de 2.110 candidatos nas seguintes áreas de exame: Niterói, São Gonçalo, Itaguaí, Fundão, Campo Grande e Lagoa, no Rio; Itaguaí, Itaperuna, Nova Iguaçu e Campos. O departamento informou ainda que no caso de falta dos examinadores, os candidatos não serão prejudicados: terão seus direitos preservados e a prova remarcada com prioridade, sem a necessidade de pagamento de novo Duda.
Devido à paralisação, 111 examinadores escalados para oito áreas de exame no estado – Niterói, São Gonçalo, capital, Campos, Itaboraí, Itaperuna e Macaé – deixaram de comparecer ao serviço na última quinta-feira. Em Niterói, 108 candidatos a motorista foram impedidos de realizar a prova prática de direção.
Em nota, o Detran informou que a paralisação foi indevida e que a ação anunciada pelo sindicato dos funcionários do departamento era a realização de uma operação padrão, caracterizada pela lentidão no atendimento, e não a paralisação.

Niterói define novo secretário de Segurança

Tenente-coronel Rui França assume lugar de Wolney Trindade,  exonerado após polêmica sobre interdição de supermercado

Texto: Priscilla Aguiar

A Prefeitura de Niterói nomeou nesta sexta-feira (28) o tenente-coronel da Polícia Militar, Rui França, como novo secretário de Segurança e Controle Urbano da cidade, na Região Metropolitana do Rio.

Ele substitui o secretário interino Antônio Nunes do Patrocínio Filho, cuja nomeação foi publicada nos Atos Oficiais de ontem para assumir o cargo no lugar de Wolney Trindade.

O tenente-coronel França já foi liberado pelo Governo do Estado e será nomeado amanhã pelo prefeito Jorge Roberto Silveira, para ocupar o cargo na Prefeitura de Niterói. O novo secretário tomará posse na próxima semana.

O tenente-coronel França entrou para a Polícia Militar em 1988, é bacharel em Direito, fez MBA em Gestão de Segurança Pública na Fundação Getúlio Vargas e fez vários cursos na Escola Superior de Polícia Militar. O novo secretário de Segurança e Controle Urbano de Niterói chefiou as 1ª e 2ª seções do 4º Comando de Policiamento de Área, comandou o Grupamento Especial Tático Móvel (Getam) dos municípios de Niterói e São Gonçalo, foi secretário do Estado-Maior Geral, além de ter sido comandante do Colégio da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, chefe da 4ª Seção do Estado-Maior Geral e comandante do 3º BPM (Méier), entre outras funções.

Demissão

Wolney Trindade pediu demissão do cargo na última segunda-feira, após envolver-se em uma polêmica ao falar que a confusão na promoção do supermercado Guanabara teria sido provocada por moradores de São Gonçalo.

Cejop de cara nova com material antigo

Texto: Priscilla Aguiar

Para tentar sair do vermelho, o Centro Juvenil de Orientação e Pesquisa (Cejop), entidade filantrópica localizada em Icaraí, teve uma ideia inovadora, a de fazer uma grande obra de reforma na instituição, com material reciclado. Contando com a ajuda de voluntários, o Cejop ganhou pisos, portas, janelas, vidros da fachada, fiação e diversos outros materiais reciclados.

Segundo o presidente do Cejop, Henrique César Braga a ideia surgiu para tentar levar mais investimentos para a instituição.

“A instituição estava precisando de uma grande reforma. Achamos que melhorando o aspecto da entidade traríamos a iniciativa privada para cá, o que traria mais recursos. Mas para isso precisávamos investir. A instituição sem recursos para sobreviver, porque não recebe ajuda de órgão nenhum, só um pequeno repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), não teria condições de fazer nada, daí surgiu a ideia de usar material reciclado. Teríamos pouca despesa e um aspecto visual bem melhor. É isso que está acontecendo, as pessoas que vêm aqui acham que a gente teve um gasto grande, porque a reforma está ficando muito bonita. E além da economia, da diversidade de material que deixa um aspecto muito bonito, também tem o lado sustentável de reaproveitar materiais que iriam para o lixo”, disse o presidente da entidade.

As obras do Cejop, que começaram em março deste ano, adiantaram a proposta da secretaria municipal de Meio Ambiente de reaproveitar material de obras demolidas. O secretário Fernando Guida, e o subsecretário Eurico Toledo pretendem criar uma unidade de reaproveitamento de material decorrente de obras e de demolições na cidade. A proposta complementa as medidas necessárias para dar destinação final aos resíduos das obras e promover a reciclagem do material.

Só este ano, foram concedidas licenças para 247 demolições e desmontes. Com a nova legislação sobre a destinação do lixo, estarão operando na cidade 11 empresas de locação de caçambas.

Examinadores do Detran entram em greve e alunos ficam sem exame

Texto: Priscilla Aguiar
Foto: Bruno Eduardo Alves
 
Cerca de 180 alunos, prontos para fazer prova prática do Detran, ontem, no Centro, foram obrigados a voltar de mãos abanando porque os examinadores decretaram greve, que deve durar até domingo. Muitos candidatos já estão com o processo vencendo, na incerteza se vão poder ou não fazer o exame. É o caso da promotora de eventos Jéssica Chaves, 19 anos, com processo a vencer amanhã.
“Eu estava em Realengo (zona norte do Rio) e acordei às 3h para poder estar aqui no horário. Quando chego, fico sabendo que foi cancelado. Agora eu não sei o que fazer, meu processo já vai acabar e ninguém me dá uma posição, não sei se vou poder fazer a prova outro dia ou se vou ter que fazer o processo novamente”, criticou. Na mesma situação está a estudante Thaiana Lessa, 18 anos.
“Me preparei para fazer a prova hoje (ontem), cheguei cedo, fiz o simulado, que a gente paga à parte, e ninguém avisou nada. Era uma greve programada, todo mundo sabia, menos os alunos. Isso é uma falta de respeito com a gente”, reclamou.
A aplicação de exames práticos de direção também foi cancelada em São Gonçalo, Campos e Itaperuna. De acordo com o Sindicato dos Funcionários do Detran-RJ, a ação foi decidida durante uma assembleia do grupo. O Sindicato também informou que os servidores que atuam na área de vistoria iniciaram ontem uma “operação padrão”, na qual as vistorias de veículos são feitas apenas por licenciadores do Detran, o que provoca demora no atendimento.
O Detran, por sua vez, informou, em nota, que todos os serviços oferecidos pelo departamento estão funcionando normalmente. No entanto, segundo o órgão, apenas os relacionados a exames práticos de direção estão paralisados em diversas regiões do estado, já que examinadores interromperam as atividades. O órgão garante que ninguém será prejudicado e que as provas serão agendadas novamente, com os candidatos sendo notificados pelas auto-escolas.

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Perigo para pedestres na praia das Flechas

Texto: Priscilla Aguiar


Desde que começou a obra de reconstrução do calçadão da Praia das Flechas, no Ingá, há cerca de dez dias, os pedestres perderam de vez seu espaço. A via, com intenso movimento, fica bem em frente ao canteiro de obras, e não é difícil ver as pessoas se espremendo entre a cerca de proteção e os carros que passam, muitas vezes em alta velocidade.
As obras só tiveram início quase cinco meses após a ressaca do mar, que destruiu o calçadão. Os pedestres vão ter que esperar, pelo menos, quatro meses, segundo a previsão da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa). Até lá, continuarão se arriscando em meio ao carros.
“As pessoas passam o tempo todo por aqui. Está muito perigoso, acho que prefeitura deveria se preocupar mais com a integridade física da população e deixar um espaço para os pedestres poderem passar com tranquilidade,” sugeriu a psicóloga Ana Fonseca, 28 anos.
Da mesma opinião compartilha a empresária Cínthia Gomes, 35, que costuma fazer caminhada no local.
“Pelo o tempo que aconteceu a ressaca, essa obra já era para ter sido concluída. A gente já está praticamente sem calçada desde maio, e agora piorou. Eles colocaram apenas uma placa avisando, mas isso todo mundo está vendo. A gente tinha que ter um espaço para passar. É muito arriscado, porque os carros passam em alta velocidade, colados nos pedestres”, alertou.
A NitTrans informou que a interdição prevista para as obras do calçadão começam hoje, quando as máquinas começam a operar no local. Até agora, estavam sendo feito feitos trabalhos de demolição, que não se estendiam à pista. Quanto aos pedestres, o local continua sinalizado indicando a necessidade de travessia da pista no trecho ocupado por tapumes.

Comércio no Centro de Niterói sem luz desde domingo

Texto: Priscilla Aguiar
Foto: Bruno Eduardo Alves
 
Desde o último domingo sem luz, proprietários de estabelecimentos comerciais da Rua Maestro Felício Toledo, no Centro, começam a contabilizar os prejuízos. Entre os locais que estão impedidos de funcionar - ou funcionando parcialmente - estão um bar, uma ótica e até mesmo todo um edifício comercial. De acordo com os comerciantes, o fornecimento de energia foi interrompido quando uma equipe da empresa de energia Ampla fez reparos em um dos postes da rua.
“Eles mexeram no poste e depois foram embora; em seguida, ficamos sem luz. O pior é que, além deles terem feito essa besteira, não consertam; só prometem. Estamos desde domingo à tarde ligando, e até agora (ontem), nada”, queixou-se Alex Quintes, 40 anos, dono de uma copiadora e de um chaveiro. Desanimado, ele argumenta que não tem como manter a loja em funcionamento.
“Estou com as portas abertas só para dar uma explicação aos clientes, mas não tenho como trabalhar sem luz. Chega gente o tempo todo e, infelizmente, fico impedido de atender. O prejuízo já está bem grande”, completou.
O caso de Antônio de Paiva, 44 anos, dono de um bar, é ainda pior, por lidar com alimentos. Segundo o comerciante, a luz foi interrompida no horário em que o local tem maior procura. As perdas, de acordo com ele, ultrapassam os R$ 10 mil.
“Ficamos sem luz justamente na hora do jogo de futebol, em que o bar estava lotado. As pessoas, com raiva, começaram a gritar que o bar não paga a conta de luz. Eu pago todas as contas em dia e sou obrigado a passar por isso. Me senti humilhado”, desabafou.
O proprietário do bar acrescentou que o prejuízo de R$ 10 mil refere-se apenas ao atendimento que deixou de fazer.
“Quanto aos alimentos que estão se estragando, não tenho nem ideia”, lamentou.
A síndica do edifício City Hall Business, Heloísa Helena, 54 anos, teme que algum acidente possa acontecer devido à escuridão em que se encontram corredores e escadas.
“Apesar do prédio não estar totalmente sem luz, há muitos corredores e escadas no escuro, o que é muito perigoso. Tenho medo que alguém se acidente nessas escadas. Se isto acontecer, ainda vão responsabilizar o condomínio”, alertou.
Heloísa disse que tem ligado repetidas vezes para para a Ampla e sempre ouve a promessa do envio de uma equipe, o que, segundo ela, até o final da manhã de ontem, ainda não tinha sido providenciado.
“Isso é uma falta de respeito. Já está todo mundo do edifício reclamando e eu não tenho mais o que fazer”, protestou.
A Ampla informou, em nota, que “técnicos da concessionária trabalham na Rua Maestro Felício Toledo, no Centro de Niterói, para normalizar o fornecimento de energia na localidade”.

Equipe de fotografia da Estácio conta tudo que ocorreu no Rock in Rio

Texto: Priscilla Aguiar

Quem participou da palestra de fotografia “Backstage Rock in Rio 2011” com a equipe de fotografia da Estácio, realizada ontem, na universidade Estácio de Sá, Campus Niterói, no Centro, teve a oportunidade, por meio das fotos e relatos dos palestrantes, de sentir como foi o clima do maior festival de música do mundo, ou de reviver, no caso de quem esteve realmente presente no festival. Além de ter tido uma aula de fotografia dada pelos palestrantes.

Com o objetivo de levar ainda mais a fotografia para o mundo dos estudantes, o evento contou com a participação do coordenador da equipe de fotografia da Estácio, o fotógrafo Marcus Vini, a editora chefe da equipe, a professora Evlen Bispo, o fotógrafo da Estácio, Jorge Oliveira, entre outros.

A equipe de fotografia da Estácio, formada apenas por professores, alunos e ex- alunos recém formados, trabalhou voluntariamente durante todos os dias de festival, e por meio do banco de imagens “Getty Images”, onde é possível acessar as fotos da equipe, diversos países como Portugal, Rússia, Inglaterra e Alemanha publicaram fotografias da equipe em seus veículos de comunicação. O trabalho do grupo também ganhou destaque na imprensa nacional, com fotos publicadas na revista Rolling Stone, no site da MTV, entre outros.  

Para a professora Evlen Bispo apesar da equipe não ter recebido nenhuma ajuda financeira o grupo ganhou uma experiência única.

“Foi uma loucura, muita correria e todo mundo com muita vontade de trabalhar. Apesar de ter sido um trabalho em que ninguém recebeu nenhuma ajuda financeira, a experiência de estar lá foi muito maior do que salário, foi única. A chance de produzir um portfólio incrível, tudo isso contou muito mais para todo mundo”, avaliou.

O coordenador da equipe de fotografia da Estácio, Marcus Vini deu uma entrevista para o blog da Priscilla Aguiar.

PA - Como surgiu a ideia de montar uma equipe de fotografia da Estácio?

Marcus – Na verdade eu soube que ia ser formada uma equipe de fotografia de pessoas ligadas a Estácio, e logo assim que soube me voluntariei, mas não imaginava que ia ser escolhido como coordenador. Fiquei muito surpreso e assustado quando me chamaram.

PA – Interessados de todos os campi puderam se candidatar para fazer parte da equipe. Como foi feita essa seleção?

Marcus – Analisei criteriosamente o portfólio de cada um, depois convoquei alguns para entrevistas e escolhi os melhores. Sofri um pouco de pressão para reduzir a equipe, mas no final eu levei todos que havia escolhido.

PA – O que a equipe procurou mostrar através das fotos?

Marcus – Procuramos contar o que se passou no festival como um todo. Não nos prender somente no palco, mas tentar pegar as expressões das pessoas, mostrar a diversidade, como as pessoas se vestiam, se pintavam, as atrações, os pequenos detalhes.

PA – Você tem alguma foto preferida?

Marcus – Eu gosto muito de todas as fotos, mas tem uma que é especial, a foto do Daniel Ferrentini, em que ele conseguiu tirar uma foto aérea nortuna, no final do show da Shakira em que aparece todo o festival e uma queima de fogos. Essa foto foi única e provocou bastante comentário entre os fotógrafos.

PA – Aconteceu algum fato curioso?

Marcus – Sim, um fato bastante curioso que aconteceu foi que um senhor português chegou na nossa sala e perguntou: quem é Estácio? Eu expliquei que era uma instituição de ensino, que a gente era uma equipe, enfim, ele foi embora resmungando. Mais tarde descobrimos que ele era fotógrafo de uma revista portuguesa, revista essa que deixou de usar a foto dele para usar a da nossa equipe, aí nós entendemos o motivo da raiva dele.

PA – O que foi o festival para você?

Marcus – Muito trabalho. Se alguém perguntar eu não lembro de nenhuma música, de nenhum show, mas foi recompensador.

PA – A equipe tem planos para o futuro?

Marcus – Sim, claro. O Rock in Rio acabou, mas ainda temos muito trabalho pela frente. Temos a intenção de fazer uma exposição que passe pelos shoppings do Rio.

Explosão em restaurante no Rio faz Niterói aumentar a fiscalização na cidade

Texto: Priscilla Aguiar
Foto: Bruno Eduardo Alves
 
Após a explosão de um restaurante no Centro do Rio de Janeiro, devido a um vazamento de gás, no último dia 13, em que quatro pessoas morreram e 17 ficaram feridas, Niterói aumenta a fiscalização em restaurantes da cidade. Foi iniciada ontem, no Centro, a operação para verificar a documentação dos restaurantes e possíveis focos de vazamento de gás. A fiscalização será feita regularmente pela secretaria Regional do Centro, secretaria municipal de Controle Urbano e pela Defesa Civil.
De acordo com o secretário regional do Centro, Pedro Castilho, essa fiscalização já acontecia, mas devido ao acidente no centro do Rio, será intensificada.
“A nossa preocupação é com a integridade física dos munícipes. Esse tipo de fiscalização sempre aconteceu, mas devido ao ocorrido, fizemos uma mobilização maior e iremos intensificar a fiscalização, de modo a fazê-la com mais frequência e com uma equipe maior”, explicou.
O estabelecimento que não estiver com toda documentação em dia e com as instalações de gás de forma regular, será notificado e dependendo das circunstâncias poderá ser fechado.
No primeiro dia de fiscalização o grupo verificou cerca de dez estabelecimentos. Segundo informou Pedro Castilho, foram feitas sete intimações, em que deverão ser apresentados, em um prazo de três dias, o certificado de aprovação e o laudo de exigência do Corpo de Bombeiros. Além das intimações foi feito um alerta de riscos, em que o estabelecimento terá dez dias para regularizar as instalações de gás.

Clínica do Rio promove debate sobre Jornalismo e Saúde

Texto: Priscilla Aguiar

Qual é o papel do jornalista de saúde? Como lidar de uma forma ética e responsável e não ser invasivo ao tratar da doença de alguém? Essas foram algumas das questões debatidas no simpósio de jornalismo do 7º Congresso Multidisciplinar da clínica São Vicente, realizado na última sexta-feira, no hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca.

Com os temas: Sigilo e divulgação e a cobertura jornalística de saúde o simpósio contou com nomes de destaque na área da saúde e no jornalismo. Entre eles o neurologista da Clínica São Vicente, Dr. Sérgio Novis; o professor titular de Cardiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); o jornalista do jornal O Globo, Ancelmo Góis; a produtora da revista eletrônica da TV Globo Fantástico, Renata Chiara, a gerente de comunicação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Olenka Lasevith, o jornalista da revista Carta Capital, Rodrigo Martins, a apresentadora do programa Espaço Aberto Saúde da Globo News, entre outros.

Para o jornalista Ancelmo Góis, o sigilo é praticamente impossível nos dias de hoje. Contudo, Ancelmo destaca a importância de se discutir o tema.

“Estamos sendo acompanhados durante todo o dia, seja por pessoas com dispositivos tecnológicos, seja por câmaras de vigilância, o sigilo hoje é quase impossível. Por isso os jornalistas, que têm o papel de divulgar, ganharam dos médicos, que ficam com a parte do sigilo”, brincou o jornalista. Ancelmo ressaltou a importância de se discutir sobre o tema. Para ele muitas pessoas abrem mão do sigilo ao escolher sua profissão.

“Artistas, políticos e outras classes, abrem mão do sigilo, a partir do momento que fazem a escolha por essas profissões. Essas pessoas estão sempre sendo vigiadas. Por isso é interessante e importante esse debate. Será que essas pessoas têm direito a sigilo?”, questionou Ancelmo. O jornalista destacou ainda o papel positivo da imprensa. Para ele, em muitos casos a imprensa pode salvar mais vidas do que mesmo o profissional de saúde.

“Em muitos casos de pestes, AIDS, e diversas doenças, a imprensa teve um papel muito positivo e salvou mais vidas do que mesmo o médico, ao informar sobre cuidados e sobre como se prevenir”, disse.

A jornalista Renata Chiara ressaltou a responsabilidade que o jornalista tem, ao tratar de uma área íntima de alguém, como é a doença.

“Precisamos sempre ser éticos, tentar ao máximo não ser invasivo e tratar de uma forma suave. A doença dessa pessoa tem que ser um exemplo de superação, por isso temos que ter o cuidado de mostrar a pessoa bem, o cuidado de antes de fazer a matéria saber até aonde a pessoa vai querer ir.  Essas preocupações são importantes para se fazer uma matéria com responsabilidade e mesmo se tratando de uma doença, ser suave para quem participa e para quem vê”, salientou.

Para o jornalista Rodrigo Martins, os erros mais comuns que o jornalista comete em coberturas de saúde são: espetacularização da tragédia, confundir os papéis e começar a fazer prescrições e fazer a denúncia simplesmente pela denúncia.

“Encontrar um pessoa que está há três horas numa fila de hospital é simples. Mas isso não basta, tem que ir além, saber porque o hospital está nessa situação, quantas pessoas estão nessa fila, quantos médicos têm para atender essas pessoas. Se é um problema estrutural, um problema de gestão, de falta de profissionais. É interessante perguntar a um parlamentar o que está sendo feito para melhorar a saúde. Precisamos refletir o que é de interesse público e de que forma o jornalista pode contribuir para mudar essa realidade.  Pegar apenas um caso e denunciar é certamente mais fácil, mas temos uma responsabilidade e precisamos ser agentes catalisadores de mudança”, enfatizou.

O Jornalista Antônio Marinho do jornal O Globo explicou que a tendência do jornalismo de saúde hoje é focar mais no bem estar e menos na doença.

“A tendência é dar prioridade para as matérias mais leves, de bem estar e cada vez menos matérias de doenças. Para fazer coberturas de saúde o jornalista precisa fazer uma boa pesquisa antes, falar mais sobre como melhorar a qualidade de vida. Em caso de matérias de doenças, falar sobre tratamentos sem focar muito nos medicamentos e nunca dar falsas esperanças”, explicou.

Questionado sobre a dificuldade de se encontrar pessoas que tiveram ou têm alguma determinada doença, o Dr. Sérgio Novis explicou que se caso o paciente quiser falar com a imprensa ele assina um termo de consentimento e o hospital não se opõe.

“Se o próprio paciente quiser falar com a imprensa, é só ele assinar o termo de consentimento que não terá problema nenhum. A entrevista será apenas assistida por algum profissional de saúde”, disse. Dr. Sérgio Novis finalizou ressaltando a importância do profissional de saúde ir a imprensa esclarecer dúvidas.

“Há médicos que não vão à imprensa, mas temos o dever de ir, de informar eticamente de esclarecer dúvidas. Se um médico responsável não vai, a população vai ficar prejudicada com um vazio, ou outro que não tem responsabilidade pode ir e falar de uma forma errada. Temos profissões irmãs, cada uma com a sua área, mas as duas para servir o ser humano”, concluiu Novis.

Niteroienses ganham um “Dia da Beleza”

                                                                                                                         Foto divulgação

A população do Centro de Niterói teve um dia diferente ontem. Um dia dedicado a beleza. A iniciativa foi do grupo Projovem Urbano de Niterói. Visando proporcionar uma vivência prática aos alunos, os Arcos de Turismo e Hospitalidade realizaram o "Dia da Beleza". O grupo do Arco de Serviços Pessoais ofereceu serviços de depilação, cabelo, embelezamento e maquiagem.

Após confusão, Guanabara abre normalmente

Texto: Priscilla Aguiar

Depois de dias conturbados o supermercado Guanabara amanheceu, ontem, com fluxo calmo e estacionamento para automóveis aberto. O fato difere do acordo feito na quarta-feira (19), após uma reunião entre representantes da Prefeitura e do estabelecimento, em que acertou-se o fechamento do espaço até o fim da promoção do mercado, pois a quantidade de consumidores atraídos pelo evento estava provocando transtornos no trânsito da região. Apesar do temporário comum entendimento, o setor de vagas para clientes foi reaberto, mas apenas com acesso pela Rua Marechal Deodoro e saídas pela mesma via ou pela Rua São João.
Segundo a administração do Guanabara, o estacionamento permanecerá parcialmente aberto até o final da promoção, porém, a medida será revista caso algum outro tipo de transtorno para a cidade ocorra. Por sua vez, o secretário municipal de Segurança e de Controle Urbano, Wolney Trindade, que entregou um embargo administrativo na terça-feira (18) obrigando a administração do estabelecimento a fechar, não quis se pronunciar sobre o assunto. De acordo com ele, a Procuradoria Geral do Município já está recorrendo da liminar concedida pela juíza Angélica dos Santos Costa, responsável por garantir ao estabelecimento comercial permissão para continuar com a promoção. “Isso só deveria acontecer no horário das 20h às 6h”, resumiu Wolney sobre a atitude do mercado.
Os clientes do Guanabara se mostraram contra a alternativa do secretário. Para eles o horário é inconveniente e o supermercado tem o direito de continuar com a promoção durante todo o dia. “Esse horário é muito ruim, não só para mim, mas para muita gente. A Prefeitura é que deve se organizar e racionalizar o trânsito”, disse o administrador Pedro Augusto, de 35 anos, morador do Fonseca.
A opinião também foi compartilhada pelo comerciante, Jorge Luiz, de 42 anos. “O caos no trânsito não é por causa do mercado. A culpa é da Prefeitura que não tem infraestrutura e concedeu a licença. A população não pode pagar por causa disso. O mercado tem que permacer aberto, com as promoções durante todo o dia sim. E com o estacionamento funcionando”, enfatizou.
Para a dona de casa Joana de Souza, de 43 anos, o motivo do transtorno foi a obra do Mergulhão na Av. Marquês de Paraná e não a promoção do mercado. “A Prefeitura agora para se livrar do problema quer limitar o horário e fechar o estacionamento, sou totalmente contra. O hora é ruim e a população não pode ser prejudicada”, declarou.
Já a dona de casa Marlene de Jesus, de 33 anos, tem uma opinião diferente. Para ela o Guanabara deve manter a promoção durante todo o dia, porém com estacionamento fechado. “A cidade toda é beneficiada, o trânsito flui muito melhor. Não é preciso promoções apenas de madrugada. Até para os clientes com carro é melhor, pois fica tudo mais tranquilo”, opinou.

Confusão e gritaria em supermercado de Niterói

Texto: Priscilla Aguiar, Paulo Roberto Saboya e Daniel Braga

A população que foi fazer compras ontem pela manhã, no supermercado Guanabara, no Centro de Niterói, se deparou com as portas do supermercado fechadas, fato responsável por provocar um tumulto no entorno do estabelecimento. Indignadas, pessoas fecharam a Av. Marques de Paraná no sentido Icaraí com carrinhos de compras entoando gritos de guerra como: “queremos fazer compras” e “o povo unindo jamais será vencido”. A atitude causou engarrafamento nas principais vias da região.
O fechamento do mercado se deu em cumprimento a um embargo administrativo - entregue pelo secretário municipal de Segurança e de Controle Urbano, Wolney Trindade - obrigando a administração do recinto a fechar as portas às 0h. A medida pretendia garantir a circulação regular de veículos pela cidade, que com as promoções oferecidas pelo supermercado tem sofrido retenções por conta da quantidade de consumidores, vindos até de municípios vizinhos.
Entretanto, por volta das 10h30 um oficial de justiça apresentou um mandado de segurança contra ato do secretário. Na decisão da juíza Angélica dos Santos Costa, “é notório o direito alegado pela parte autora, que demonstra ter seguido todas as normas municipais para a realização do evento no local, comprovado por meio de documentação”.
“A justificativa apresentada para obstaculizar a realização do evento promocional é, no mínimo, falaciosa, é de domínio público a situação caótica do trânsito na cidade de Niterói, não sendo lícito ao município de tal localidade transferir a deficiência, a inoperância e a incapacidade suas de gerir o trânsito local ao evento produzido pelas empresas privadas”, enfatizou a magistrada na decisão.
Em resposta, o secretário Wolney Trindade alegou que a Prefeitura não havia sido previamente informada do evento promocional e invocou a lei municipal n° 2780, de 3 de dezembro de 2010, que inclui os incisos IX, X e XI ao artigo 461 do Código de Posturas do Município de Niterói, ação protocolada devido a outros eventos promocionais responsáveis por transtornos para a cidade.
Pela regulação, penalidades devem ser aplicadas quando “sem prévia e específica autorização da Administração Pública, em decorrência de seu funcionamento excepcional, na forma da regulamentação própria, ocorrerem transtornos ao sistema viário local, à circulação de veículos ou à mobilidade urbana, mesmo tais transtornos sendo causados por terceiros”.
O Código determina punições, também, na sistuação de “decorrência de cargas e descargas em estabelecimentos comerciais, ocorrerem transtornos às vias, à circulação de veículos ou à mobilidade urbana, mesmo que tais transtornos sejam causados por terceiros, de forma reiterada ou na hipótese de descumprimento de ordem do agente competente”, bem como quando durante a “operação de estacionamentos privados, ocorram reiteradamente filas de espera, prejudicando o sistema viário, trânsito de veículos ou deslocamento urbano”.
“Não recebi absolutamente nada da administração do mercado. A juíza não conhece a cidade e não sabe o caos enfrentado com esse evento promocional. Ontem, dois hospitais e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ficaram inviabiliazados por conta do engarrafamento causado pelas ofertas do supermercado. Não sou contra fazer promoção, mas desse tipo, onde eles vendem mercadorias por preço abaixo de fábrica, se faça apenas no horário das 20h às 6h, caso contrário é inviável”, declarou o secretário Segurança e Controle Urbano, acrescentando que já está recorrendo da liminar.
A administração do Guanabara, por sua vez, afirma que a Prefeitura foi cientificada da realização do evento previamente, tendo o supermercado, inclusive, efetuado o pagamento referente ao quadro de apoio móvel operacional para controle de tráfego. A empresa comunicou, também, ter obtido um “nada a opor” das autoridades públicas locais, tendo cumprido o determinado na legislação.

ACORDO
No fim do dia, a Prefeitura de Niterói divulgou uma nota oficial justificando que “embargou o supermercado Guanabara até que a empresa apresentasse à Niterói, Transporte e Trânsito (NitTrans) um parecer técnico, com uma proposta para minimizar os transtornos no trânsito, provocados pelo aumento do número de carros atraídos pela promoção do supermercado. O parecer técnico é uma das exigências do Código de Posturas do Município, que não foi cumprido pela empresa. No entanto, em vez de apresentar o parecer, o Guanabara entrou na Justiça e conseguiu uma liminar para reabrir o estabelecimento”.
“A Prefeitura está recorrendo da decisão, para que o supermercado permaneça fechado até que apresente o parecer técnico. Após uma reunião, de manhã, entre representantes da Prefeitura e do Guanabara, ficou acertado o fechamento do estacionamento do estabelecimento até o final da promoção, independentemente do resultado da ação judicial. Um dos fatores que mais agravaram o trânsito na cidade foi a fila de veículos na entrada do estacionamento do supermercado e o fato dos clientes ficarem dando volta no entorno, aguardando vaga no local”, informou a assessoria do Município.

Bairro de Niterói lança moeda própria

Banco Comunitário do Preventório oferece microcrédito em reais e em “prevês”

 Texto: Priscilla Aguiar

A moeda social “Prevê” começou a circular no último dia 13 na comunidade do Preventório, em Charitas. O bairro foi o primeiro em Niterói a receber um banco comunitário, que oferece microcrédito alternativo a empreendedores e moradores. O objetivo é estimular o desenvolvimento local, gerando emprego e renda. O projeto é fruto de uma parceria da empresa de energia Ampla, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Banco Palmas (CE).
Para a coordenadora geral do projeto, a professora de Sociologia da UFF Bárbara França, além de oferecer crédito, o banco vai atuar como um multiplicador de propostas.
"O banco vai ajudar no desenvolvimento da comunidade como um todo, não só por meio do empréstimo e do incentivo aos novos e pequenos empreendedores, mas também será um multiplicador de projetos sociais. A UFF cedeu um espaço onde serão realizados diversos projetos, como oficinas de pintura, confecção de bonecos, cursos de administração financeira, fórum para discutir questões da comunidade e novos projetos, e terá ainda uma biblioteca para comunidade", explicou Bárbara, que informou ainda que o banco será acompanhando diariamente durante um ano.
"O banco será gerido exclusivamente pela comunidade, mas será acompanhado durante um ano pela UFF, e as reuniões de preparação que aconteciam aos sábados com os funcionários e membros do diretório do banco, continuarão ocorrendo para sanar qualquer dificuldade futura”, acrescentou Bárbara.
Segundo o presidente do banco comunitário, Marcos Rodrigo Ferreira a comunidade tem se esforçado para que o banco seja um sucesso. Marcos revelou ainda que espera que o Preventório seja referência para outras comunidades.
“É um projeto inovador de autogestão e é uma responsabilidade muito grande, mas ao mesmo tempo é uma motivação. Sem essa equipe certamente eu não aceitaria ser o presidente, a equipe é muito unida muito esforçada e torna tudo mais fácil. Temos nos dedicado bastante, e espero que o preventório sirva de exemplo para outras comunidades”, disse o presidente.
A proprietária do Bar Palorca, que existe desde 1980 na comunidade, Domingas Dias Maciel comemora a chegada do banco.
“A comunidade está toda muito satisfeita com a chegada do banco comunitário. Com o incentivo aos novos empreendedores o banco vai trazer mais empregos e vai ainda fortalecer os comércios que já existem. Já estou recebendo em prevê e muitos comerciantes também, isso tem aumentando muito o movimento”, comemora Domingas.
Para a agente de crédito do novo banco, Márcia Guedes de 61 anos, moradora do Preventório há 25, o projeto vai trazer mais união para comunidade.
“Estamos todos muito felizes com o banco, acho que além do desenvolvimento local, vai trazer mais organização e união para comunidade”, disse.

 

MAC comemora seus 15 anos com programação especial

Entre as principais atrações está a exposição do renomado artista Frans Krajcberg

 Texto: Priscilla Aguiar

O Museu de Arte Contemporânea (MAC), ponto turístico mais conhecido da cidade de Niterói, completou no dia 2 de setembro quinze anos de existência. E para comemorar, conta com uma programação especial. Dentre os eventos está a mostra de um dos artistas visuais mais famosos do mundo, Frans Krajcberg além de duas exposições de fotografia sobre o museu, o lançamento de um livro e um seminário.

A mostra de Frans Krajcberg intitulada “Grito! Ano Mundial da Árvore” é composta por 28 obras, que
se dividem em sete esculturas de chão, sete trabalhos que são marcas notórias do artista, que remetem à sombra, além de 15 fotografias, fotos da natureza espalhadas por diversos períodos da vida do artista.

De acordo com a consultora de Gestão do MAC, a museóloga Telma Lasmar, as exposições sobre o museu têm como objetivo apresentar diversas percepções sobre o museu. Telma explicou ainda que o diferencial entre as exposições é que a exposição “MAC em 4 estações” foi produzida em câmeras analógicas, em preto e branco enquanto a “MAC 15 anos: múltiplos olhares” utiliza recursos tecnológicos avançados.
Além das exposições está programado ainda o seminário “Múltiplos Olhares”, onde especialistas vão discutir questões pertinentes à fotografia no mundo contemporâneo, ora abordando-a como obra de arte, ora tratando de aspectos históricos e filosóficos do colecionismo. Com curadoria de Pedro Karp Vasquez, escritor, fotógrafo, editor e autor de 19 livros, o seminário será realizado no período de 25 a 27 de outubro de 2011, com entrada franca. 

E a comemoração não para por aí. Para documentar o projeto e divulgar os trabalhos expostos, será produzido um livro de arte com as imagens constantes na mostra, biografia dos artistas, registro fotográfico da exposição e textos dos curadores e patrocinadores. O livro terá 216 páginas e tiragem de 3.000 exemplares.

“O conceito dessa exposição, que ficará em cartaz por seis meses, é mostrar a visão que cada um tem sobre o museu. Alguns apresentarão fotos em preto e branco, outros, coloridas e até mesmo vídeo-projeções. Além do olhar profissional, abrimos um espaço para a participação popular na exposição”, destaca a museóloga Telma Lasmar.

Telma Lasmar informou ainda que o evento MAC de Niterói – 15 anos: Múltiplos olhares ficará exposto no período de maior visitação do museu, de 3 de setembro de 2011 a 26 de fevereiro de 2012. A estimativa de público é de cerca de 60 mil pessoas.

MAC Niterói

Instalado no Mirante da Boa Viagem, às margens da Baía da Guanabara, o MAC foi concebido por Oscar Niemeyer e é administrado pela Prefeitura de Niterói. Carinhosamente apelidado pela população de Disco Voador, apesar de ter sido construído para parecer uma flor, o museu se transformou na maior atração turística da cidade, recebendo visitantes de todo o mundo. Seu acervo hoje conta com 1.217 obras da Coleção João Sattamini, a segunda maior coleção de arte contemporânea do país. O Museu recebe uma média de 10 mil visitantes ao mês e já foi visitado por mais de dois milhões de pessoas. Com 16 metros de altura, o museu nasce do chão numa base cilíndrica única, que sustenta todo o prédio, ancorada numa única sapata gigante de dois metros. A base está envolta por um espelho d’água com mais de 800 metros quadrados de superfície e 60 centímetros de profundidade, que traz o mar ao pé da construção. Do salão de exposições - envolto por uma galeria circular envidraçada - se pode admirar, além das obras de arte, o panorama da Baía de Guanabara.