Texto: Priscilla Aguiar
Desde
que começou a obra de reconstrução do calçadão da Praia das Flechas, no
Ingá, há cerca de dez dias, os pedestres perderam de vez seu espaço. A
via, com intenso movimento, fica bem em frente ao canteiro de obras, e
não é difícil ver as pessoas se espremendo entre a cerca de proteção e
os carros que passam, muitas vezes em alta velocidade.
As obras só tiveram início quase cinco meses após a ressaca do mar, que
destruiu o calçadão. Os pedestres vão ter que esperar, pelo menos,
quatro meses, segundo a previsão da Empresa Municipal de Moradia,
Urbanização e Saneamento (Emusa). Até lá, continuarão se arriscando em
meio ao carros.
“As pessoas passam o tempo todo por aqui. Está muito perigoso, acho que
prefeitura deveria se preocupar mais com a integridade física da
população e deixar um espaço para os pedestres poderem passar com
tranquilidade,” sugeriu a psicóloga Ana Fonseca, 28 anos.
Da mesma opinião compartilha a empresária Cínthia Gomes, 35, que costuma fazer caminhada no local.
“Pelo o tempo que aconteceu a ressaca, essa obra já era para ter sido
concluída. A gente já está praticamente sem calçada desde maio, e agora
piorou. Eles colocaram apenas uma placa avisando, mas isso todo mundo
está vendo. A gente tinha que ter um espaço para passar. É muito
arriscado, porque os carros passam em alta velocidade, colados nos
pedestres”, alertou.
A NitTrans informou que a interdição prevista para as obras do calçadão
começam hoje, quando as máquinas começam a operar no local. Até agora,
estavam sendo feito feitos trabalhos de demolição, que não se estendiam à
pista. Quanto aos pedestres, o local continua sinalizado indicando a
necessidade de travessia da pista no trecho ocupado por tapumes.
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